Uso de concreto nas estradas brasileiras reduziria emissão de 18 milhões de toneladas de CO2 por ano.

O uso do concreto na pavimentação de estradas poderia trazer ganhos não apenas para motoristas, concessionárias e órgãos públicos, mas principalmente ao meio ambiente, segundo estudo feito pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a partir de uma ampla, profunda e reconhecida pesquisa feita pelo Centro de Sustentabilidade de Concreto do MIT (Massachusetts Institute of Technology) – um dos principais centros de pesquisa em ciências, engenharia e tecnologia do mundo.

Intitulada “Visão geral da interação entre os veículos e o pavimento”, a pesquisa coordenada por James Mark mostra quais os benefícios, vantagens e incentivos econômicos se as estradas fossem pavimentadas com concreto ao invés de asfalto. Na projeção feita para o Brasil, a ABCP chegou à conclusão que, caso as estradas brasileiras fossem de concreto, o meio ambiente seria diretamente beneficiado com a redução da emissão de 18 milhões de toneladas de CO2 por ano. Ou seja, 1/3 dos gases emitidos pela a indústria do cimento poderiam ser mitigados se as rodovias fossem em concreto. Isso sem falar em outros tipos de gases e materiais que são emitidos na queima do diesel. Só para ter uma ideia, seriam necessárias cerca de 1 bilhão de árvores para neutralizar essas emissões em excesso. Isto é, aproximadamente a 10 milhões de hectares de floresta.

Outra constatação feita pela entidade no Brasil foi em relação a redução no consumo de combustível. De acordo com as estimativas, o potencial de redução seria de aproximadamente 5,3 bilhões de litros de combustível por ano apenas com os caminhões. “Essa redução seria apenas com a frota de caminhões, composta de 2 milhões de unidades, levando em consideração os dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte) no qual cada veículo roda em média 100 mil km por ano”, explica o responsável pelo estudo da ABCP, a partir da pesquisa do MIT, o engenheiro Fernão Nonemacher Dias Paes Leme. Transformando isso em valores, essa redução do uso de combustível resultaria numa economia de R$ 20 bilhões por ano só com o diesel. “Isso sem falar do desgaste dos veículos, uma vez que estradas pavimentadas com concreto não apresentam ondulações e buracos como as asfaltadas.”, complementa Fernão.

Pelo estudo podemos concluir também que um dos principais fatores que contribuem efetivamente para a economia de combustíveis é justamente a característica estrutural entre o asfalto e o concreto. Isso ocorre porque as deflexões promovidas por veículos, principalmente pesados, nos pavimentos de asfalto são maiores do que no concreto. Isto significa que quanto mais rígido o pavimento, menos deflexões ele sofrerá, necessitando de menos combustível ou energia para sair da inércia. Além das estradas de concreto não deformarem, não formam trilhas de rodas nem buracos e, em dias de chuva, os pavimentos de concreto anulam as chances do veículo aquaplanar, trazendo mais segurança aos motoristas e usuários. Também foi constatado que pelo fato do concreto ser claro e refletir mais luz, diminuem-se as ilhas de calor, possibilitando uma melhor visibilidade e redução (cerca de 50% a menos) no número de postes de iluminação gerando uma economiza representativa de energia elétrica.

“Outro benefício, e mais imediato, é a viabilidade econômica, principalmente na redução do custo de construção” aponta o engenheiro. “Para isso, é preciso considerar a economia de recursos de manutenção do pavimento de concreto – que conta com uma durabilidade de, no mínimo, 20 anos – enquanto o pavimento asfáltico tem durabilidade menor (10 anos ou menos), exigindo um reforço estrutural com camada asfáltica e manutenção rotineira mais intensiva que a do pavimento de concreto. Com isso, o pavimento de concreto já apresenta custo altamente competitivo e se torna ainda mais viável”, complementa Fernão.

A indústria do cimento está empenhada em demonstrar o valor que o pavimento de concreto agrega para os usuários, contribuintes e administradores públicos, em função de sua durabilidade, que pode ultrapassar 30 anos (muitas vezes superior à do asfalto), reduzindo consideravelmente os custos de manutenção. Comparativos a partir de projetos reais revelaram que com o emprego do pavimento verde – ou de concreto – no lugar das demais alternativas, há uma economia de R$ 1,6 milhão por quilômetro a valor presente em 20 anos.

De acordo com o Banco Mundial, cada dólar investido em uma estrada de concreto corresponde a uma economia futura de três dólares em custo operacional, quando comparado à outros tipos de pavimento.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) colocou na ponta do lápis os custos decorrentes das más condições das vias como por exemplo, a elevação de 38% nos custos operacionais dos veículos; Aumento de até 58% no consumo de combustíveis; incremento de até 50% no índice de acidentes e o tempo de viagem até 100% maior.

Com o estudo, fica evidente que a economia seria imensa caso as estradas fossem de concreto, afirma o especialista da ABCP. “Hoje segundo dados recentemente divulgados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) temos apenas 3% das estradas brasileiras pavimentadas com cimento. Nosso objetivo é aumentar esse índice e trazer economia para vários setores”, finaliza Fernão.

Artigo da Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, fundada em 1936 com o objetivo de promover estudos sobre o cimento e suas aplicações.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

AS PRINCIPAIS RODOVIAS DO BRASIL

O Brasil é um país de dimensões continentais e apesar de ter uma costa marítima e uma bacia hidrográfica perfeitamente navegáveis, elas são muito pouco exploradas para a logística. Historicamente, o transporte rodoviário sempre foi dominante, com reduzidos investimentos às modalidades ferroviária e fluvial.

As principais rodovias do Brasil

Estima-se que mais de 60% das cargas sejam transportadas pela via rodoviária. O Brasil tem a quarta maior rede de estradas e rodovias do mundo, em quase 1,8 milhões de quilômetros de extensão. A frota de caminhões e ônibus é estimada em cerca de 40 milhões de veículos.

Assim, tem-se a conjuntura de dominância do transporte rodoviário com as principais rotas logísticas do país. Confira abaixo uma lista com as informações sobre as principais rodovias do Brasil e suas características, bem como os tipos de produtos que são transportados. Continue a leitura!

BR-116

A BR-116 é considerada a principal rodovia do Brasil e também é a maior totalmente pavimentada do país. Ela corta o litoral brasileiro, do Nordeste ao Sul, iniciando-se em Fortaleza (CE) e finalizando em Jaguarão (RS) — fronteira com o Uruguai.

Essa rodovia longitudinal possui uma extensão de, aproximadamente, 4.500 quilômetros, e corta 10 estados: Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Nomes populares

  1. Via Serrana: trecho entre as cidades de Jaguarão (RS) e Curitiba (PR);
  2. Régis Bittencourt: trecho entre Curitiba e São Paulo;
  3. Presidente Dutra: trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro;
  4. Rio-Teresópolis: trecho entre Rio de Janeiro, Teresópolis e Além Paraíba;
  5. Rio-Bahia: trecho que passa pelo território de Minas Gerais;
  6. Santos Dumont: trecho entre Fortaleza e Rio de Janeiro, no entroncamento com a BR-040.

Privatizações

  • CCR Nova Dutra: trecho da Rodovia Presidente Dutra, em São Paulo;
  • CRT: trecho entre Duque de Caxias e Sapucaia;
  • Autopista Régis Bittencourt: trecho de São Paulo a Curitiba;
  • Via Bahia: trecho de Feira de Santana a divisa com Minas Gerais;
  • Autopista Planalto Sul: trecho entre Curitiba (PR) até a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.

Principais produtos transportados

Soja, milho, feijão, aves e suínos.

BR-101

Também corta o país de forma longitudinal, do Nordeste ao Sul, iniciando em Touros (RN) e finalizando em São José do Norte (RS). Possui uma extensão de 4.772,4 quilômetros.

Construída pelo Exército Brasileiro, a rodovia mais extensa do Brasil passa por 12 estados: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Nomes populares

  • Rodovia Translitorânea;
  • Rodovia Governador Mário Covas (nome oficial em toda a extensão);
  • Rodovia Rio-Santos: trecho do Rio de Janeiro a Santos;
  • Presidente Nilo Peçanha: no estado do Rio de Janeiro.

Privatizações

  • Autopista Litoral Sul: alguns trechos no Paraná e Santa Catarina;
  • Eco101: trecho da divisa entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo até a Bahia;
  • Ecoponte: Ponte Rio-Niterói;
  • Autopista Fluminense: trecho entre Niterói e a divisa com o Espírito Santo.

Principais produtos transportados

Industrializados de origem animal, químicos, celulose, grãos, aves e suínos.

BR-381

A BR-381, uma das principais rodovias do Brasil, possui uma extensão de, aproximadamente, 1.200 quilômetros, iniciando em São Mateus (ES) — no entroncamento com a BR-101 — e finalizando em São Paulo (SP) — no entroncamento com a BR-116.

Atravessa os estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Nomes populares

  • Rodovia Fernão Dias: trecho entre Contagem (MG) a São Paulo;
  • Miguel Curry Carneiro: trecho entre São Mateus e Nova Venécia, no ES.
  • ES-381: dentro do estado do Espírito Santo.

Privatizações

  • Autopista Fernão Dias: trecho entre Contagem (MG) a Guarulhos (SP).

Principais produtos transportados

Industrializados e produção siderúrgica.

BR-040

A BR-040 é uma rodovia radial que se inicia em Brasília (DF) — no entroncamento com a BR-450 — e finaliza no Rio de Janeiro (RJ), na Rodoviária Novo Rio. Possui 1.178,7 quilômetros de extensão e atravessa o Distrito Federal, além dos estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Nomes populares

  • Rodovia Presidente Juscelino Kubitschek: trecho entre Brasília (DF) e Petrópolis (RJ);
  • Rodovia Washington Luís: trecho entre Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ);
  • BR-135: trecho de Sete Lagoas (MG).

Privatizações

  • Via 040: trecho do Distrito Federal a Juiz de Fora;
  • Concer: trecho de Juiz de Fora ao Rio de Janeiro.

Principais produtos transportados

Derivados de parques siderúrgicos, carvão, eucalipto, móveis e industrializados.

BR-364

Possui cerca de 4.300 quilômetros de extensão, é uma rodovia diagonal que se inicia em Limeira (SP) — no km 153 da SP-330 — e vai até Rodrigues Alves (AC) — fronteira do Brasil com o Peru. Atravessa os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre.

Nomes populares

  • Rodovia Marechal Rondom;
  • Rodovia Washington Luís (SP-310): em São Paulo, até o km 293;
  • Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326): São Paulo até a divisa com o estado de Minas Gerais;
  • Rodovia Chiquilito Erse: em Porto Velho (RO);
  • Rodovia Governador Edmundo Pinto: trecho entre Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

Principais produtos transportados

Soja, milho, produtos de mineração e pecuária.

Importância de saber mais sobre as principais rodovias do Brasil

Ter o conhecimento sobre a malha rodoviária do Brasil é essencial para otimizar o planejamento de rotas, considerando as características, restrições, cobranças de pedágio (que influenciam no valor do frete), entre outras coisas. Nesse sentido, é possível diminuir os custos referentes ao transporte de produtos.

Além disso, essas informações podem ajudar o gestor na hora de decidir sobre a localização ideal para os centros de distribuição, levando em consideração a capacidade de escoamento das cargas e a proximidade com os clientes — que são os principais fatores para a elaboração dessa estratégia, além dos aspectos tributários.

Saber quais são as principais rodovias do Brasil ajuda a melhorar o posicionamento da empresa, tanto em relação à proximidade com seus clientes finais, quanto na definição de estratégias de transporte, o que pode ajudar a aprimorar os prazos de entrega dos pedidos.

Fonte: Blog Logistica

A Importância dos Dispositivos Auxiliares de Trânsito

Sabemos como é primordial proporcionar e garantir que o trânsito nas cidades e nas estradas seja o mais fluido e seguro possível, para motoristas, pedestres e animais.

Dentro dos instrumentos que os órgãos de trânsito dispõem, os Dispositivos Auxiliares desempenham um papel de suporte fundamental dentro do sistema de Sinalização Viária.

Vamos falar sobre eles e como podem não só melhorar a experiência de trânsito mas também ajudar a preservar vidas.

Os Dispositivos Auxiliares de Trânsito são um dos tipos de sinalização usados em algo que podemos chamar de um grande sistema de orientação e controle do trânsito em todo o mundo: a Sinalização Viária.

Mas antes de falarmos deles, você conhece esse sistema e como ele se relaciona com as demais medidas preventivas e protetivas?

O que é Sinalização Viária?

Sinalização Viária é o conjunto de todos os recursos visuais e sonoros que existem com a finalidade de organizar o trânsito.

Ela surgiu como um padrão mundial em 1968, durante a Convenção do Trânsito Viário em Viena, na Áustria. Foram criados diversos símbolos que se tornaram comuns em todos os países.

Dessa forma, as pessoas residentes ou em trânsito podem interpretar da mesma forma as determinações e orientações.

Além dos recursos mundialmente definidos – uma placa de proibido estacionar por exemplo tem o mesmo valor no Brasil, na Grécia e no Japão – cada país pode incluir novos itens para atender necessidades locais, desde que não alterem ou excluam o padrão definido mundialmente.

É dentro da sinalização viária que vamos encontrar os seis grupos de símbolos, entre eles os dispositivos auxiliares.

Quais os tipos de Sinalização Viária?

Os diferentes grupos de sinalização viária tratam de todos os tipos de interação que os motoristas e pedestres podem ter com as normas de trânsito estabelecidas em cada pavimento.

São eles:

1 – Sinalização horizontal

Essa é o tipo sinalização mais comum em todo o mundo, pois são os alertas e orientações pintados ou fixados nas vias – estradas, ruas, avenidas, pontes e outras.

É a que chamamos comumente de sinalização de chão; as demarcações de estacionamento e as faixas de pedestres são os tipos mais populares.

A finalidade da sinalização horizontal é controlar o fluxo do trânsito, tanto nos fluxos que são permitidos quanto nas manobras – por exemplo, as ultrapassagens – que são permitidas.

2 – Sinalização vertical

Podemos dizer que a sinalização vertical é o tipo mais popular, pois são as placas de trânsito que encontramos ao longo e muitas vezes nas próprias vias.

Quando pensamos em um livro de trânsito usado em cursos de direção, logo remetemos às placas de variados tamanhos, cores e formatos e diferem conforme a finalidade:

  • Regulamentação;
  • Advertência;
  • Indicação;
  • 1 Regulamentação.

3 – Sinalização gestual

É o conjunto de gestos feitos corporalmente por agentes de trânsito em ocasiões e lugares onde:

  • Não há sinalização estática disponível;
  • A sinalização estática não é suficiente para momentos de grande fluxo;
  • Em caso de grandes ocorrências onde o agente pode atuar como mediador.

4 – Sinalização sonora

Nos momentos em que um agente de trânsito é necessário, ele atua não só com a sinalização gestual mas também com sinais sonoros (usando o apito).

Dessa forma, através dos sinais, ele chama a atenção de mais motoristas e pedestres, especialmente para quem o agente não está visível. Os principais sinais são:

  • Um silvo curto: siga;
  • Dois silvos curtos: pare;
  • Um silvo longo: reduzir a velocidade

5 – Sinalização luminosa

São os recursos de advertência e orientação através de luzes e iluminação. O exemplo mais conhecido são os semáforos.

Também têm a finalidade de regulamentar e controlar o fluxo de veículos em cruzamentos e ruas com travessias de pedestres.

Também existem a sinalização de alerta para entrada e saída de veículos em garagens e estacionamentos e avisos luminosos para canteiros de obras.

Quer saber mais sobre Sinalização Viária? Veja nosso artigo!

O que são os Dispositivos Auxiliares de Trânsito?

Os dispositivos auxiliares são recursos físicos de diversos tamanhos, formatos e cores que são usados no pavimento das vias, junto a elas e também em obstáculos que esteja próximos e impedindo ou prejudicando o fluxo do trânsito.

Ao contrário dos demais tipos de sinalização, que têm individualmente um aspecto marcante – peças horizontais, peças verticais, gestual, luminosidade e sonoridade – um dispositivo pode reunir uma ou várias dessas características.

Portanto, vamos encontrar itens que usam, por exemplo, a luminosidade como recurso, mas não se classificam como uma sinalização luminosa.

Outro diferencial é o uso de componentes temporários – como os cones – o que já não acontece com os outros tipos de sinalização.

Na verdade, os dispositivos auxiliares para rodovias, avenidas e ruas são peças únicas e com um estímulo ao motorista mais amplo do que, por exemplo, informar visualmente como é o caso das placas de trânsito.

É importante ressaltar que, sozinhos, estes tipos de sinalização não têm competência legal para regulamentar a circulação dos veículos.

Como o próprio nome indica, são itens que podem auxiliar as outras formas nessa tarefa.

Quais as finalidades dos Dispositivos Auxiliares de Trânsito?

Podemos destacar alguns dos objetivos ao usar os dispositivos auxiliares:

  • Complementar a sinalização principal da via e/ou de uma situação em particular;
  • Alertar os motoristas sobre situações de risco em potencial, seja em situações emergenciais ou permanentes;
  • Atuar melhorando a visibilidade da sinalização principal que está sendo usada na via;
  • Aumentar a nitidez do alinhamento da via e de possíveis obstáculos;

Quais os tipos de Dispositivos de Sinalização Auxiliar?

Pelo seu caráter de suporte e versatilidade, podendo ser aplicado das mais variadas formas, eles se dividem em diversas categorias.

Não há finalidade de regulação do trânsito, feita com as sinalizações específicas, que não seja complementada com um dos exemplos de dispositivos auxiliares abaixo.

  • De delimitação;
  • De canalização;
  • De sinalização de alerta;
  • De alterações nas características do pavimento;
  • De proteção contínua;
  • De luminosidade;
  • De uso temporário.

Vamos conhecer um pouco de cada um desses tipos de dispositivos.

Dispositivos Delimitadores de Trânsito

Certamente, você se lembrará de tantas vezes em que dirigiu em vias e rodovias com peças amarelas e refletoras da luz de faróis, posicionadas nas divisões de faixas de circulação.

Ou marcações amarelas e pretas nas extremidades de pontes. A finalidade desses e outros componentes é potencializar a percepção que o condutor tem sobre os limites que ele tem para dirigir nas vias.

Esses são os dispositivos delimitadores e usados na forma de:

  • Tachas: aplicados em linha no pavimento das vias (os famosos olhos de gato);
  • Tachões: idênticos às tachas, porém na cor amarela;
  • Balizadores: fixados em muretas e guarda-corpos;
  • Cilindros: aplicados no pavimento.

Dispositivos de Canalização de Trânsito

Esse tipo de dispositivo é fabricado na forma de prisma de concreto e normalmente não são refletorizados – não geram luminosidade ao contato com as luzes de faróis.

São usados em série ao longo das extremidades das vias, substituindo as guias (meio-fio) quando essas não existem. Também são usados para limitar a movimentação de veículos à uma faixa de tráfego em determinado local.

Os tipos de dispositivos de canalização são:

  • Prismas: são usados para substituir as guias;
  • Segregadores: usados para delimitar espaços exclusivos de circulação para determinado tipo de veículo.

Dispositivos de Sinalização de Alerta de Trânsito

Como o próprio nome já indica, a finalidade desse tipo de dispositivo é informar os motoristas sobre determinadas situações de risco e danos ao veículo.

São usados para ressaltar obstáculos ou áreas de risco ao longo ou no próprio pavimento da via ou de vias adjacentes a ela, de forma que aumente a percepção do condutor, reduzindo o risco de acidentes.

Também se aplica ao aviso de mudanças bruscas no traçado horizontal da via ou em situações de potencial perigo.

Os tipos de dispositivos de alerta são:

Marcadores de obstáculos

São grandes peças refletivas colocas no obstáculo para alertar sobre a existência dele.

O sentido do traçado determina qual deve ser a direção que o motorista deve tomar a partir daquele ponto e até que o obstáculo seja transposto.

Marcadores de perigo

São placas com faixas em amarelo e preto, fixadas em suportes e que avisam sobre um perigo potencial à frente.

Marcadores de alinhamento

São placas com formas de setas destinadas a avisar sobre a mudança de alinhamento do trânsito na via.

Dispositivos de Alterações nas Características do Pavimento

Esses dispositivos são usados para alterar as características normais de uma pista de rolamento, visando dar mais controle e segurança a todos os atores do trânsito: motoristas, ciclistas, pedestres e animais, eventualmente.

As finalidades dos dispositivos de pavimento são:

  • Provocar a redução de velocidade em determinados pontos;
  • Estimular uma postura mais cautelosa do motorista através da mudança de percepção que ele tenha sobre o ambiente da via;
  • Aumentar o atrito ou a aderência dos veículos ao pavimento, de forma a provocar uma direção defensiva e mais preventiva;
  • Aumentar a segurança na circulação de pedestres e ciclistas nas áreas urbanas cortadas por vias de grande circulação, como as rodovias.

Os tipos de dispositivos de pavimento são:

  • Sonorizadores: alteração no pavimento que provoca ruído, alertando para situações especiais à frente e obrigando a redução de velocidade;
  • Lombadas simples ou duplas;
  • Enrugamento ou fresamento do pavimento.

Dispositivos de Proteção Contínua de Trânsito

Os dispositivos de proteção contínua são usados ao longo das vias, especialmente em rodovias, pontes e viadutos, com algumas finalidades, entre elas:

  • Formar barreiras em vias localizadas entre encostas e ribanceiras ou precipícios;
  • Criar barreiras entre fluxos de sentidos opostos, onde veículos podem transpor a sua área de circulação por acidente ou imperícia do condutor;
  • Evitar o ofuscamento com as luzes de veículo em sentido oposto;
  • Regulamentar e orientar a circulação de pedestres e ciclistas.

Podem ser fabricados tanto com material rígido – por exemplo, as defensas – quanto um material flexível ou maleável.

Os tipos de dispositivos de alerta são:

Defensas

Estruturas metálicas altamente resistentes para impedir que um veículo invada o sentido oposto em uma via, recebendo e amortizando o impacto e evitando um impacto frontal que pode ser fatal.

 

Barreiras de concreto

Grandes blocos com alta resistência que podem ser usadas para conter veículos desgovernados em curva, definir espaços temporários para obras e limitar pistas, pontes e viadutos lateralmente.

Gradis de canalização

São estruturas feitas de suportes (chamados de montantes) com correntes entre eles e visam delimitar e canalizar o fluxo de pedestres em determinados locais.

Dispositivos de contenção

Placas de metal em forma de alambrado, que permitem a visibilidade através delas, e são posicionadas entre pistas de fluxos opostos – principalmente rodovias – para impedir que pedestres atravessem.

Dispositivos anti-ofuscamento

Estruturas instaladas no canteiro central de rodovias para eliminar ou reduzir o efeito de ofuscamento da luz de um veículo no sentido contrário.

Essa redução pode ser feita com a vedação ou a difusão da luz.

Também pode servir para reduzir o efeito de um padrão luminoso repetitivo que haja na própria via e que, com o ambiente noturno, pode gerar cansaço visual ou o ofuscamento com perda momentânea de visão, aumentando os riscos de acidente.

Dispositivos Auxiliares Luminosos

São os dispositivos que transmitem informações para os condutores através de recursos luminosos, com textos ou sinais, para:

  • Complementar informações sobre as condições da via;
  • Alertar para situações inesperadas ou de emergência e orientar sobre o que os motoristas devem fazer;
  • Alertar sobre práticas ilegais em vias onde elas são comuns – por exemplo, andar pelo acostamento em saídas para feriados prolongados, quando o fluxo é muito intenso;
  • Transmitir mensagens educativas visando reforçar as atitudes saudáveis de pedestres e condutores.

Os tipos de dispositivos luminosos são:

  • Painéis eletrônicos: usado para orientações gerais e alertar sobre condições inesperadas;
  • Painéis com setas luminosas: ajudam a direcionar o fluxo em diversas situações.

Dispositivos de Uso Temporário de Trânsito

Esses são, provavelmente, os dispositivos mais conhecidos da grande maioria das pessoas, sendo motoristas ou não, porque estão presentes no dia a dia das mais variadas formas e em todos os tipos de vias de circulação.

A lista de finalidades deles é grande, entre elas temos:

  • Bloquear ou canalizar o fluxo do trânsito em caso de emergências de longa duração, como grandes acidentes ou danos na via;
  • Orientar e canalizar o trânsito em locais de obras, protegendo trabalhadores e equipamentos;
  • Servir uma situação que seria atendida por um dispositivo permanente, porém de forma provisória.

Alguns dos dispositivos de uso temporário mais conhecidos são:

  • Cones e cilindros;
  • Balizadores móveis;
  • Cavaletes desmontáveis;
  • Fitas zebradas;
  • Barreiras móveis;
  • Barreiras plásticas;
  • Tapumes;
  • Bandeiras e faixas.

Como podemos ver acima, muitos dispositivos temporários podem fazer o papel de alguns dispositivos permanentes mas durante um período de tempo, podendo ser retirados facilmente e com isso evitar custos e investimentos onde não se justifica usar um item fixo.

Gostou do nosso conteúdo? Esperamos que este artigo tenha ajudado você a conhecer muito sobre os Dispositivos Auxiliares e a importância deles na construção de manutenção de um trânsito eficiente e seguro.

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